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Ophir Loyola é porta-voz de Campanha de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço

Localização

Brasil
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O Hospital Ophir Loyola é o porta-voz, no Pará, da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço promovida pela Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG) de Santa Catarina. Este ano a campanha #JulhoVerde traz o tema “O câncer está na cara, mas às vezes você não vê” e visa conscientizar sobre a prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação adequados. A ACBG é uma organização social, sem fins lucrativos, parceira do HOL, que busca conectar todas as instituições referenciadas em oncologia e cirurgia de cabeça e pescoço do país.

Este é o terceiro ano da campanha realizada para a conscientização sobre os tumores de cabeça e pescoço, que atingem boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide e seios paranasais. O Brasil registra a cada ano cerca de 41 mil novos casos desses tumores malignos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer.

A campanha #JulhoVerde é uma estratégica para divulgar informações sobre a doença, uma vez que os fatores de risco estão no cotidiano das pessoas como tabagismo em todas as modalidades, consumo de bebidas alcoólicas independente da periodicidade e volume ingerido e as infecções por HPV por meio das relações sexuais rotativas e sem preservativos, mesmo no sexo oral.

Atualmente, 123 pacientes estão em tratamento no HOL, referência no combate ao câncer na região Norte. Os enfermos, por sua vez, podem enfrentar uma perda significativa da qualidade de vida durante e após o tratamento. Na maioria dos casos, com o comprometimento da fala e sequelas psicológicas e funcionais.

A reabilitação desses pacientes no meio social requer um atendimento multidisciplinar ofertado pelo hospital Ophir Loyola. A Divisão de Fonoaudiologia realiza o acompanhamento no pré e pós-operatório na Clínica de Cabeça e Pescoço e a reabilitação no ambulatório na busca de alternativas para a produção de uma nova voz.

No dia 25 de julho, o Ophir Loyola realizará a “Blitz Verde” em pontos estratégicos do hospital para abordagem dos usuários, entrega do informativo, bem como o convite e a condução destes para o ambulatório -  local central da programação. Haverá o painel da prevenção com os principais tipos de câncer de cabeça e pescoço, mesas com diversos profissionais que irão conduzir uma breve explicação ilustrada por figuras/e outros recursos. Ocorrerá, ainda, a pescaria da saúde, para que o usuário responda várias perguntas a respeito da enfermidade.

 

Números

Estima-se que cerca de 15 mil novos casos de câncer de cavidade oral surjam por ano no Brasil, sendo 80% em homens e caracterizando-se como o 5º tumor de maior incidência no país no ranking geral.   No Pará, em 2018, a estimativa do Inca apontou 220 novos casos de câncer na cavidade oral, sendo 140 em homens e 80 em mulheres. A taxa estimada é de 3,88 casos para cada 100 mil homens e  de 2,01 para cada 100 mil mulheres.

Para o câncer de laringe, estima-se 8 mil novo casos no país, sendo que 97% dos diagnósticos são provenientes do tabagismo. O consumo de álcool associado ao tabagismo aumenta o risco em 140 vezes esse tipo de câncer.  No Pará, a estimativa do Inca para  2018 apontou 110 casos novos de câncer de laringe, sendo 80 em homens e 30 em mulheres. A taxa estimada é de 2,69 caso casos para cada 100 mil homens e de 0,88 casos para cada 100 mil mulheres.

Em pacientes jovens, a infecção pelo HPV (papilomavírus humano) tem ampliado o número de novos casos de orofaringe devido à prática do sexo oral sem preservativos. Além disso, a utilização do narguilé (cachimbo de água utilizado para fumar tabaco aromatizado) e o consumo excessivo do álcool também têm correlação com o aumento do número de casos em jovens de 18 a 30 anos.

 

A importância do diagnóstico precoce

"Nosso objetivo é alertar sobre os fatores de risco presentes entre a população brasileira e falar da importância do diagnóstico precoce. Em 60% dos casos, a doença já está mais avançada quando é descoberta”, destaca a presidente e fundadora da ACBG Brasil, Melissa A. R. Medeiros, sobrevivente a um câncer de laringe e vive com sequelas graves como a perda da voz e com a traqueostomia para respirar.

O autoexame é simples e pode ajudar significativamente a identificação de alterações, auxiliando na prevenção e até mesmo a descobrir lesões iniciais. Ele consiste na inspeção visual e palpação, devendo ser realizada em frente ao espelho com boa iluminação. Sinais de alerta são, por exemplo, manchas brancas na boca, dor local, lesões com sangramento ou cicatrização demorada, nódulos no pescoço, mudança na voz e rouquidão e dificuldade para engolir.

Ascom com informações da ACBG