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Palestra sobre trajetória de 107 anos destaca passado e futuro do 'Ophir Loyola'

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Brasil
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Referência em tratamento de câncer na região Norte, o Hospital Ophir Loyola (HOL), unidade da rede pública estadual de saúde sediada em Belém, completou 107 anos no último dia 06 de outubro. Para celebrar a data, uma solenidade será realizada na próxima quinta-feira (10), às 8 h, no auditório Luiz Geolás, na própria instituição, que é certificada como Centro de Alta Complexidade em Oncologia e Hospital de Ensino pelo Ministério da Saúde, e vem se especializando, cada vez mais, no tratamento multidisciplinar de doenças crônico-degenerativas.

Além da oncologia, o HOL é referência em neurocirurgia, nefrologia e transplantes, prestando uma assistência fundamentada nas políticas públicas.  O Hospital atende demanda encaminhada pela rede básica, ambulatorial e hospitalar, dos 144 municípios paraenses, destinando 100% de sua capacidade instalada a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).  A autarquia possui 236 leitos, sendo 29 de Unidade de Terapia Intensiva.

e janeiro a agosto deste ano, o hospital contabilizou 2.380 procedimentos cirúrgicos, 2.281 casos novos de câncer, 2.803 internações, 20.807 diagnósticos por imagem, 64.848 consultas, 68.406 aplicações de radioterapia, 17.027 sessões de quimioterapia, 104.156 procedimentos de urgência, 433.894 exames, entre outros, totalizando 818.362 atendimentos no período.

O evento resgatará a história com a palestra “107 anos do Hospital Ophir Loyola: passado, presente e futuro”, ministrada 8h30 às 09 h, para mostrar o momento atual e as perspectivas de um dos maiores centros hospitalares do Norte do Brasil. Posteriormente, ocorrerá a apresentação do coral “Vale Música”, seguindo pela inauguração da placa alusiva ao aniversário.

Histórico - Idealizado pelo médico Ophir Pinto de Loyola, o Hospital nasceu do anseio de amenizar os problemas de saúde de crianças carentes. Assim foi fundada uma instituição filantrópica denominada Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Pará, em 06 de outubro de 1912, com a contribuição de sócios-fundadores.

Somente em 1934 a sede passa à Avenida Magalhães Barata, mesmo ano em que o dr. Ophir Loyola faleceu de câncer no fígado, na cidade do Rio de Janeiro. Em homenagem a ele, a instituição passou a se chamar Instituto Ophir Loyola.  Anos depois, o IOL tornou-se referência em oncologia.

O Instituto Ophir Loyola foi inaugurado em 19 de abril de 1941, tendo como presidente o empresário Eugênio Soares. Em 1947 foi implantado o Departamento de Câncer (DC), inicialmente na Rua Osvaldo Cruz, para atender ambulatorialmente os funcionários do Banco da Borracha (atual Banco da Amazônia), em prédio que posteriormente foi doado, passando a compor o patrimônio do Instituto.

Estruturação - A instituição foi organizada, aos poucos, como Serviço de Radiologia e Radioterapia, Anatomia Patológica e de Cirurgia, peças indispensáveis na estruturação do diagnóstico e tratamento do câncer.  Nesse contexto, o corpo clínico era composto por renomados cirurgiões, alguns com experiência oncológica adquirida no Instituto Nacional de Câncer (Inca).

No ano de 1950 foi inaugurado o Serviço de Radiologia e Radioterapia, iniciando de forma pioneira o tratamento do câncer com radioterapia no Pará, atendendo à demanda de outros estados do Norte do Brasil.

Em 09 de fevereiro de 1961 foi assinado um convênio, com durabilidade de 30 anos, entre o Instituto Ophir Loyola (IOL) e o Hospital dos Servidores do Estado (HSE), uma instituição criada pelo Decreto nº. 2114, de 29 de dezembro de 1960. O convênio incorporou troca de serviços, incluindo a instalação do HSE, na área física do IOL. Quando o convênio terminou, o Instituto Ophir Loyola, por determinação governamental, foi desapropriado em 1992. Após a desapropriação, foi criada a autarquia Hospital Ophir Loyola, em 2006.