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Com mais 66 residentes, hospital amplia qualificação profissional

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O Hospital Ophir Loyola, em Belém, recebeu mais 66 novos residentes nesta sexta-feira (8), durante a Jornada de Ingresso "Dr. Sérgio Raymundo Negrão de Souza Franco", dentro dos Programas de Residência Médica, Multiprofissional de Oncologia em Cuidados Paliativos, Uniprofissional de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial e Uniprofissional de Enfermagem em Atenção ao Câncer, no auditório Luiz Geolás. No primeiro contato com a instituição, os alunos assistiram a palestras de apresentação dos serviços e conheceram a estrutura física do hospital.

O HOL é vinculado à Universidade do Estado do Pará (Uepa) para a prática de ensino, pesquisa e extensão em saúde, beneficiando professores, pesquisadores e estudantes das ciências da saúde. O hospital recebeu do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação a certificação de "Hospital de Ensino", garantia federal de que a instituição é capacitada para essa atividade, e também atende aos critérios para formação de profissionais de saúde, dentro das especificidades de atendimento.

O superintendente do Instituto de Oncologia, Paulo Soares, representou a diretoria-geral durante a programação. Ele lembrou parte da história do hospital, que este ano completará 107 anos. O relato abordou desde a criação do Instituto de Assistência e Proteção à Infância, a criação do Instituto Ophir Loyola - que adiante iniciou o tratamento de câncer -, o posterior convênio com o Governo do Estado para a criação do Hospital dos Servidores (HSE), até a criação da autarquia, em 2006.

“Inicialmente, o hospital era voltado somente para a assistência, mas desde a década de 1970 teve uma participação efetiva no ensino, com a criação da Faculdade de Medicina do Pará dentro do hospital, dando origem, mais tarde, à Uepa. Isso demonstra o cuidado na formação de profissionais. Nos anos 1980 começou a residência, e hoje é um hospital credenciado. Mesmo com o passar dos anos, mantemos essa identidade de ensino há mais de 30 anos, e buscamos formar especialistas de alta qualidade para servir à nossa região”, destacou o superintendente de Oncologia.

O chefe do Departamento de Pesquisa, Rommel Burbano, ressaltou a extrema necessidade da pesquisa na Região Norte, onde há doenças diferentes do restante do Brasil e até de outros continentes

Eficiência - A diretora de Ensino e Pesquisa, Tereza Cristina Azevedo, frisou a importância do conhecimento teórico somado à prática e, principalmente, da produção científica para a melhoria dos indicadores de eficiência da assistência do SUS (Sistema Único de Saúde). O chefe do Departamento de Pesquisa, Rommel Burbano, ressaltou a extrema necessidade da pesquisa na Região Norte, pois os residentes se deparam com doenças diferentes do restante do Brasil e, às vezes, de outros continentes.

“A região amazônica brasileira possui características particulares, epidemiologias e miscigenação diferenciadas, sem contar a presença de determinados agentes infecciosos que podem ter genótipos singulares, e isso pode levar a sintomatologias que precisam ser melhor estudadas. Muitos desses fenômenos ainda não foram publicados na literatura, por isso incentivamos a publicação, com o objetivo de aumentar todo o acervo de casos que já foram relatados em diferentes trabalhos de conclusão de residentes que por aqui passaram”, explicou Rommel Burbano.

Com as especializações, amplia-se a demanda técnico-científica e qualifica-se a mão de obra disponível para atuar na região. A credibilidade no ensino do hospital é atestada pelos novos residentes, como Ricardo José Farias, 25 anos. “As residências, tanto do Hospital Ophir Loyola quanto dos outros serviços ligados à Uepa, são as mais procuradas do Pará, especialmente a que escolhi, clínica médica. Pelo que a gente conhece dos especialistas formados em outros serviços, o serviço do hospital é muito mais completo, organizado e direcionado realmente para clínica médica, por isso optei por fazer a pós-graduação aqui”, assegurou Ricardo Farias.

Por Leila Cruz