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Ophir Loyola alerta sobre Câncer de Pâncreas

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Doença rara com sintomas inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico precoce, é responsável por cerca de 2% dos tipos de câncer diagnosticados e 4% do total de mortes causadas pela doença no Brasil

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pâncreas representa cerca de 2% dos tipos de câncer diagnosticados e 4% do total de mortes causadas pela doença no Brasil. Doença considerada rara é mais comum a partir dos 60 anos e apresenta maior incidência em homens. De difícil detecção, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade.

Chefe da cirurgia oncológica do HOL, Alessandro França recomenda, como forma de prevenção, a adoção de um estilo de vida saudável, a prática de exercícios físicos e uma boa alimentação, além da busca do acompanhamento médico regular. Atualmente, 18 pessoas estão em tratamento para este tipo de câncer no Hospital Ophir Loyola, em Belém. 

O médico observa que o câncer de pâncreas é um tipo raro com sintomas inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Ele explica que o pâncreas é uma importante glândula do corpo humano, responsável pela produção de insulina - hormônio que regula os níveis de glicemia no sangue- e de enzimas que auxiliam no processo de digestão. Alongado, com aproximadamente 15cm de comprimento, está localizado no abdômen entre o duodeno e o baço e se divide em três regiões principais, cabeça, corpo e cauda.

O câncer de pâncreas, frisa o especialista, ocorre em razão de uma alteração maligna nas células do órgão, que geralmente origina-se nas glândulas e dutos responsáveis pelas enzimas digestivas chamada de adenocarcinoma. “Esse é o tipo mais frequente que corresponde a 90% dos casos diagnosticados’’, diz o chefe da cirurgia oncológica, Alessandro França.

Ele alerta para os sintomas que são raros ou inexistentes na fase inicial da doença. “Aparecem conforme a localização e a evolução do tumor. Os mais comuns são a perda de apetite, dor abdominal, perda de peso e icterícia, pigmentação amarela da pele e da parte branca do olho causada por níveis elevados de bilirrubina no sangue. É preciso ficar atento, podem ser confundidos com outras doenças”, ressalta.

De acordo com o médico, o tabagismo é o principal fator de risco, além da pancreatite crônica, diabetes, consumo de álcool, obesidade e a exposição a agentes químicos, como agrotóxicos, solventes e petróleo, durante tempo prolongado.

"Não há uma forma de prevenção efetiva para câncer de pâncreas.  Quando diagnosticado em fase inicial, a descoberta é feita por exames que pesquisavam outras doenças", ressalta o especialista.

Ele explica ainda que a fase da doença define o tipo de tratamento mais adequado. A cirurgia é indicada para curar o adenocarcinoma. "Nesse caso, vai depender da localização do câncer, quando está na cabeça do pâncreas, faz-se a gastroduodenopancreatectomia que consiste na retirada da cabeça do pâncreas, duodeno, porção final da via biliar e pode retirar ainda uma parte do estômago ou não", explica Alessandro França. 

Por Lívia Soares