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Ophir Loyola monitora pacientes submetidos à quimioterapia para manter qualidade auditiva

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Brasil
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O monitoramento detecta se as substâncias químicas estão afetando ou não o sistema coclear do paciente, a fim de garantir a preservação da capacidade de ouvir, por meio do trabalho ambulatorial desenvolvido pelas fonoaudiólogas Ivana Ribeiro e Mayra Macedo.

Cerca de 80% dos pacientes assistidos apresentam queixas auditivas (zumbido e sensação de ouvido tampado). Após uma triagem realizada numa média de 60 usuários, os selecionados são encaminhados à audiometria, um exame aplicado na medição da acuidade auditiva, que permite analisar se o paciente tem alguma alteração na audição, o grau e o tipo de problema. 

Segundo Mayra Macedo, caso o indivíduo apresente alguma queixa ou perda auditiva, "é encaminhado ao otorrinolaringologista ou ao oncologista que o acompanha, com o intuito de analisar e verificar as medidas preventivas a serem tomadas para atenuar os efeitos da ototoxicidade". 

Durante alguns anos, Manoel Furtado, 58 anos, exerceu a profissão de carpinteiro sem utilizar o protetor auricular. Em janeiro deste ano, iniciou o tratamento contra um câncer no intestino e já passou por três dos cinco ciclos de quimioterapia prescritos pelo especialista. Hoje, ele iniciou o acompanhamento com a fonoaudiologia.

“Às vezes, não consigo ouvir o que a minha esposa diz, fico pedindo para repetir novamente. Mesmo a empresa fornecendo a proteção para os ouvidos, eu não gostava de usar. Agora com a quimioterapia, tenho de receber todo um cuidado para não enfrentar problemas maiores na audição”, disse.

 

O exame é simples e realizado por um fonoaudiólogo com o auxílio de audiômetro. O paciente entra numa cabine acústica isolada do ambiente externo, usando fones de ouvido especiais. É avaliado quanto à capacidade de compreensão das palavras e sons durante cerca de 30 minutos. “São analisadas oito frequências, existe uma faixa de sensibilidade para cada estímulo sonoro, que é registrada e dá origem a um gráfico que aponta se aquela audição está preservada ou comprometida. O resultado é medido em decibéis e o teste pode variar numa escala entre -10 a 120 decibéis. Quando detectamos alterações, indicamos algumas precauções e o tratamento adequado para cada situação”, esclarece Ivana Ribeiro.

Além de monitorar pacientes submetidos à quimioterapia, a equipe de fonoaudiologia assiste aqueles que passaram por radioterapia ou manifesta alguma queixa auditiva, encaminhados por otorrinolaringologistas do HOL, para a avaliação e o diagnóstico de patologias, ou seja, toda a demanda hospitalar.

“Quando o paciente não se comunica de forma adequada, não consegue entender o que estão dizendo a ele, então acaba se isolando da sociedade, portanto o nosso principal objetivo é promover a qualidade de vida”, destaca Mayra Macedo.O Centro de Alta Complexidade em Oncologia, do Hospital Ophir Loyola, monitora, a cada três meses, a audição de pacientes em tratamento quimioterápico contra o câncer, que fazem uso de medicamentos ototóxicos, como a ciclofosfamida e os derivados da platina. O objetivo é prevenir os efeitos adversos dos remédios, que podem causar a perda da audição.

 

Por  Leila Cruz